Na agenda distribuída por sua assessoria, sua última vinda ao Estado foi ontem, quando estará com seu irmão, o candidato a prefeito em Registro, Renato Bolsonaro (PL)
Por Monica Gugliano
O ex-presidente Jair Bolsonaro parece ter desistido da eleição municipal em São Paulo, onde pretendia se consagrar como o grande líder da direita e da oposição e abrir caminho para a eleição ao Senado, em 2026, de seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL). Na agenda distribuída por sua assessoria, sua última vinda ao Estado foi ontem, quando estará com seu irmão, o candidato a prefeito em Registro, Renato Bolsonaro (PL). Depois disso, ele vai a pelo menos nove cidades e a Santa Catarina, locais em que os candidatos dele têm chances de vitória. Os demais como, por exemplo, Recife, onde o ex-ministro do Turismo e sanfoneiro Gilson Machado, segundo a Paraná Pesquisas, perde de lavada para o prefeito João Campos (PSB), não sentirão nem o cheiro do ex-presidente.
O último ato público, no tão esperado 7 de setembro, convocado para pedir o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, não foi um fracasso de público – embora menor do que o realizado em fevereiro – mas, politicamente falando, foi um desastre. O prefeito Ricardo Nunes (MDB), que, se prevalecesse a vontade do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), contaria com o apoio de Bolsonaro, sumiu no palanque. O discurso do ex-presidente foi mais do mesmo. E quando tudo estava acabando, apareceu Pablo Marçal (PRTB) querendo subir no caminhão. Pronto. Começava a barafunda.
Um dos organizadores do evento, o líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, Silas Malafaia, impediu Marçal de subir no trio. “Traidor, arregão, palhaço, aproveitador”, disse em um vídeo compartilhado pelo ex-presidente em uma de suas listas de transmissão, após o fim do comício. O religioso explicou que o ato já tinha terminado e, por isso, ninguém mais poderia subir. Em nota, Marçal contesta a versão. Malafaia dá a tréplica em um vídeo, publicado nesta segunda-feira, 9, dizendo que o influenciador só apareceu quando tudo estava finalizado e volta a xingar o influenciador.
Fonte: Agência Estado / Foto: Divulgação/Internet